segunda-feira, 21 de junho de 2010
Charles Wright Mills
Charles Wright Mills (Waco, Texas, 28 de agosto de 1916 — Nyack, Nova Iorque, 20 de março de 1962) foi um sociólogo norte-americano.
Mestre em artes, filosofia e sociologia pela Universidade do Texas, doutorou-se em sociologia e antropologia pela Universidade de Wisconsin. Foi professor de Sociologia das Universidades de Maryland e Columbia.
O autor ficou principalmente conhecido por seu livro A Imaginação Sociológica, publicado originalmente nos EUA em 1959. Nele o autor faz um apelo para que sociólogos não deixem a imaginação e a criatividade de lado, ao exercerem sua profissão, em favor de uma pretensa objetividade e neutralidade do trabalho científico. Para o autor as grandes obras e os grandes intelectuais da história nunca abriram mão de sua reflexividade e criatividade, além de uma postura crítica diante da realidade. Como exemplos de trabalhos intelectuais de sua época, Mills cita O Behemoth de Franz Neumann como obra científica estimulante à reflexão, e a obra de Talcott Parsons como exemplo da tendência cientificista da sociologia de sua época e de linguagem desnecessariamente complicada e inacessível ao grande público.
Uma das críticas de Mills à sociologia era de que esta deveria ser acessível à compreensão do grande público. Esta sua crítica fazia parte de seu argumento maior de que o intelectual deveria manter uma postura crítica e reflexiva diante da realidade, e assim tomar parte nos debates públicos de sua época.
Mills foi leitor atento da obra de Max Weber, tendo editado nos EUA uma compilação de textos deste último, juntamente com Hans H. Gerth, obra que ficou intitulada 'From Max Weber: essays in Sociology' (traduzida para o português como 'Ensaios de Sociologia'). Nesta obra, Mills e Gerth apresentam uma importante reflexão sobre a obra de Max Weber articulada a um escorço biográfico deste autor.
Para Mills, a racionalidade do mundo ocidental da atualidade não produziu a indispensável libertação do ser humano, já que as principais idelogias desenvolvidas - capitalismo e socialismo - não se mostraram aptas a prever e controlar intensos processos de mudança social.
Obras:
Elite do poder (1956).
A imaginação sociológica (1959).
Listen Yankee-the revolution in Cuba (1960).
0s marxistas (1962)
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